sábado, 12 de abril de 2008

A Felicidade

O que me incentivou a escrever sobre essa tal dessa felicidade foi o filme "A Procura da Felicidade" com o Will Smith. Muita gente falou que o filme era lindo, era de chorar, merecia prêmios, todos gostaram, e eu nessa me achei um alienígena. Não achei o filme nada tocante, não me comovi, não cheguei perto de chorar, pelo contrário, fiquei com raiva.
Bom, o filme começa bem difícil pro Will, ele está desempregado, tentando ganhar dinheiro de alguma forma. Ele vive com a mulher e o filho, a mulher dele é um catiço (como diz a Jess), e o filho é uma gracinha. Em um momento a mulher dele vai embora e deixa ele com o filho. É aí que ele perde a casa e tem que ir pra um hotel, perde o hotel e tem que dormir no metrô. Mas ele estava dando o jeito dele, ele vendia uns scanners para poder comprar comida, dormia em lar de desabrigados, trabalhava de graça numa empresa que ele talvez poderia ser contratado. Realmente não era nada fácil a vida dele. Sem querer me comparar a situação dele, mas, a vida de quem é fácil?
Mas não foi o desenrolar da história em si que me irritou profundamente, foi o final do filme. Assim que ele consegue o tão sonhado emprego em que ele, até então, trabalhava de graça, ele comenta algo como que agora que ele tem trabalho é que ele está feliz. Obviamente a vida dele era muito difícil, mas ele tinha o filho dele que era uma gracinha, ajudava o pai, não atrapalhava, eles se divertiam mesmo com as dificuldades, e, ao meu ver, ele era feliz com o filho, apesar dos problemas. O filme, como o senso comum, ligou diretamente o trabalho à felicidade. Ali no filme, assim que ele arranjou o trabalho já era feliz, não importava o quanto ia receber, não importava se a empresa iria demití-lo na primeira semana, não importava onde ele ia morar, já que ele tinha trabalho ele era feliz, puro e simplesmente. Engraçado como esse filme fez esse sucesso todo só por reafirmar algo que todo o senso comum nos diz, que precisamos trabalhar pra sermos felizes. Afinal, "o trabalho enobrece o homem", certo?