sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Repressão em Cuba, uma vergonha para o Brasil

Hoje, assim que acordei, vi um email na minha caixa de entrada do meu amigo Leonardo Lagden, que falava sobre a repressão à internet em Cuba. Eu estava escrevendo a resposta na nossa lista de emails mas achei muito pertinente trazer a discussão para o blog.
A matéria enviada você confere na citação abaixo:


REPRESSÃO EM CUBA À INTERNET!

(Carlos Lauria/Maria Salazar - El País - trechos, 21/09)

1. Cuba tem o índice de acesso mais baixo de todo o hemisfério ocidental. Segundo as estatísticas oficiais, só 13% da população tem acesso, uma cifra muito baixa, mas que os analistas acham que é menor ainda. São poucos os cubanos que têm ordenadores pessoais, já que os -artificialmente- altos preços impedem o acesso. Só podem conectar-se individualmente quem pagar com CUC -pesos conversíveis, em geral usados por estrangeiros.

2. As conexões têm que ser aprovadas pelo ETECSA (provedor estatal). Só um grupo de cubanos especiais pode navegar pela internet: intelectuais com vínculos com o governo ou com o partido, altos funcionários, alguns médicos em hospitais e acadêmicos em universidade. As senhas de acesso já são vendidas no mercado paralelo.

3. As notícias estão restringidas por uma comissão interministerial. Provedores autorizados devem adotar as medidas necessárias para impedir o acesso a sítios cujos conteúdos sejam contrários ao interesse social, a moral e bons costumes, assim como o uso de aplicações que afetem a integridade ou segurança do Estado. Uma hora de Internet em um hotel ou cybercafé vale 260 pesos, ou um terço do salário mínimo mensal em moeda interna.


Escultura de Oscar Niemeyer recentemente inaugurada em Cuba

Eu acho que essa noticia pode se mostrar como uma vergonha pro Brasil, e não pra Cuba. Todos sabem que eles vivem em uma ditadura ha anos que a repressao a qualquer manifestaçao ou comunicação nao permitida pelo estado é muito forte e, digamos, incisiva. Isso é sabido. E AINDA ASSIM 13% da população tem acesso a internet. Outra coisa que podemos supor é que a maior parte desses 13% é de intelectuais ou academicos ou pessoas ligadas ao partido (o que eu acho que nao eh tanta gente).

E no Brasil? O Brasil tem quase 65 milhoes (IBOPE Nielsen Julho 2009) de internautas. Lindo né? Não se pensarmos que isso representa só 33% dos quase 200 milhões (IBGE Julho 2009) que somos. O Brasil é um país livre, um país do capital, um país do futuro, ele deveria ter muito mais gente conectada, não? Eu, de verdade acho uma vergonha para o Brasil comparar com esses dados de Cuba.

Indo um pouco mais a fundo, qual a quantidade de brasileiros dos chamados classes C ou D (segundo o critério Brasil de pesquisa) que acessam a internet desses 33%, ou qual a quantidade de classes B ignorantes que nem se pretenderem intelectuais se pretendem? Quanto sobra de intelectuais ou dos que pretendem algo que desenvolva um mínimo de raciocínio ou de conhecimento que acessam a internet aqui nas terras tupiniquins? Quantos Cuba tem?

Claro que é uma suposição muito forte, mas eu arrisco falar que em números absolutos, talvez, essas quantidades se aproximem muito.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Marcas bem estabelecidas


Ainda agora eu vi um post de uma campanha publicitária que usa esse gadget aí em cima pra mostrar coisas. Pela primeira vez na minha vida percebi que ele não tem logomarca alguma na sua frente, somente uma pequena logomarca em seu verso. Pensei: "Que burrada não colocar a marca na frente. Todos usam esse aparelho em campanhas e nunca a marca é veiculada". Mas não é nada necessário, porque a marca já está muito bem estabelecida e não existe a mínima necessidade em mostrar mais a marca, porque todos já sabem quem o fabrica. Talvez, com a marca estampada na frente acontecesse como aconteceu com o Nokia N95 nas propagandas do Banco do Brasil, que eles apagavam o pequeno escrito "nokia" da frente do celular.

Agora, não leia novamente o post e me diga duas coisas: Que marca é essa? Quantas vezes eu falei o nome dela?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Se a cauda é longa, o pescoço também deve ser

Provavelmente todos que leem este blog conhecem a teoria da cauda longa, do Chris Anderson, que recentemente lançou seu mais novo livro na internet, e de graça, ele se chama Free.
Bom, sua teoria da cauda longa fala do mercado de nichos e de como, com o desenvolvimento do e-commerce, os hits podem não vender mais que os produtos específicos de nicho, e como é lucrativo para as lojas virtuais venderem todos os tipos de produto, uma vez que não é necessário o espaço físico da loja ou até mesmo os estoques, eles podem ser sob demanda ou descentralizados. Em resumo a teoria fala isso (posso ter cometido algum erro, me desculpem, para mais, consulte o blog do Chris sobre esse assunto, ele se chama The Long Tail).
Então, comecei a pensar sobre o lado do artista que quer vender. Muitas bandas colocam suas músicas no MySpace, e só. Algumas vezes elas esquecem dos nichos de mercado que poderiam explorar, canais de audio específicos de seu publico, onde, talvez, seu trabalho pudesse ser mais divulgado.
Por mais que existe o espaço de promoção que é o hit, existem os outros, de nichos. Então, acho, que se a cauda é longa, o pescoço também deve ser. Principalmente no lado artístico e não de consumo de produtos, os produtores de conteúdo devem se preocupar em divulgar em todos os espaços destinados a isso, no caso da música eu digo, MySpace, LastFM, Deezer, Blip.fm, Orkut, TUDO!