quarta-feira, 15 de julho de 2009

Projeto Oriximiná e seus Olhares

Como uma grande parte de vocês já sabe, amanhã cedinho eu pego o voo para Oriximiná/PA. Lá eu vou realizar um projeto chamado "Oriximiná e seus Olhares" sob orientação da professora Ana Enne. Esse projeto pretende fotografar a região de Oriximiná, onde a UFF possui uma unidade avançada, criando um banco de dados de imagens para a UFF, além de oferecer uma oficina de olhar fotográfico para a comunidade, onde eles terão a oportunidade de conhecer um pouquinho do universo da fotografia. Também vou realizar algumas entrevistas com a população procurando descobrir como é que eles veem a própria cidade. E o melhor é que essa viagem toda será mediatizada, usando blog e twitter como ferramentas de suporto e de interação com vocês!


No blog eu postarei textos mais longos, fotos, as fotos que os locais fizerem também e qualquer outras produção que se mostre pertinente no momento. Espero conseguir fazer pelo menos um post diário para satisfazer as necessidades de voyeur de todos.
Já o twitter narrará quase que instantaneamente o meu cotidiano, mostrando o que está acontecendo o que eu pretendo naquele momento e o que eu estou fotografando, para mais tarde vocês poderem ver essas fotos e algum texto no blog.
Então eu conto com a participação de todos como público leitor e quem sabe até contribuinte, sugerindo imagens, angulos e perspectivas. por que não?


O endereço do blog é:
http://olharoriximina.blogspot.com
http://www.twitter.com/olharoriximina


ps.: Vale lembrar que todas as fotos que eu incluir no blog estão sob uma licensa de copy left, caso queiram reproduzí-las em qualquer meio/veículo, bastar me citar como fotógrafo. ;)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A cultura do Free

Já dizia o velho ditado: "Não existe almoço grátis". Mas o termo "velho" cai muito bem aí, parece que algo está mudando em nossa economia, parece que agora a cultura do free impera.
Na semana passada eu estava conversando com alguns amigos sobre essa mudança de paradigma econômico, que agora as pessoas se recusam a pagar por alguns tipos de serviços, principalmente os serviços online. Quem que lê este blog que paga algum serviço online?
Eu, pessoalmente, pago somente o flickr e acredito que me recusaria a pagar algum outro seviço online. Há algum tempo atrás rolou um buzz muito grande no ciberespaço devido a uma decisão da last.fm. O site decidiu cobrar uma taxa, aproximadamente R$6,00 por mês, para usuários de alguns países. Isso, por motivos óbvios, incluiu o Brasil, país onde todos queremos almoço grátis o tempo todo, principalmente no mundo virtual. Eu não acho que esse preço seja abusivo. Acho muito compatível com o poder aquisitivo de um classe média brasileiro que tenha uma banda larga e que escute música de todos os mais variados ritmos o dia todo.
Bom, continuando o raciocício da mudança de paradigmas sócio-econômico-culturais, em debate com um amigo, formado em história, ele levantou uma hipótese de que nada mudou. Que tudo continua a mesma coisa: as pessoas querem tudo pelo menor preço, e esse preço agora é o grátis.
Algumas correntes defendem que existe o banditismo (não aquele banditismo por falta de comida, sim aquele para ter o seu iPod, celular, Nike Shox etc, por questão de moda) porque o "cidadão" é hiperestimulado a consumir tudo aquilo o tempo todo, e como ele não possui um poder aquisitivo compatível para o consumo, a forma que ele encontrou de consumir foi roubando de quem pode consumir.
Então, nós todos somos hiperestimulados a consumir. Vemos placas de promoções o tempo todo, sempre dizendo que o preço é o menor, que parcela-se em 200x, que cobre-se qualquer oferta. A propaganda, o contexto e a nossa cultura nos faz querer consumir tudo o tempo todo, num frenesi alucinado (redundante, mas na cultura do hiperestímulo é permitido). E o ciberespaço não é diferente, e mais, é mais fácil conseguir algo grátis, como opções de software livre e ferramentas que rodam na nuvem de conexões. E se não existe grátis, é fácil, rouba-se, a pirataria está aí. Crackers quebram códigos de programas caríssimos o tempo todo.
Acha tudo uma palhaçada? O youtube deve ter um prejuízo de U$174,2 milhões este ano. Agora imagine a internet SEM o youtube, nossa globo, a fazenda, BBB, jeremias muito doido, tapa na pantera e outros. Imagine o youtube pago! Impossível.
Fato é que nossa economia muda um pouco, como tudo ela é levada ao seu extremo de consumo. E, coincidência ou não, o Chris Anderson, autor do livro "A Cauda Longa", lançou seu mais novo livro, entitulado "Free", disponibilizado também de forma free.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Futebol e religião

Um assunto que entrou em pauta ultimamente foi a questão de alguns jogadores brasileiros terem comemorado a vitória da Copa das Confederações através de um "culto" religioso no centro do campo. E isso despertou um incômodo principalmente no órgão maximo do futebol na Dinamarca, um país laico.

A notícia completa você confere aqui.

Comecei a pensar sobre o assunto. A primeira coisa que pensei foi: "Poxa, tudo bem, eles só rezaram, praticaram a sua religião ali. Quem acredita em algo tem o direito de agradecer a quem acha que tem que agradecer." Não tenho religião, mas respeito todas as religiões e suas práticas.
Então eu comeci a ir além no meu raciocínio e imaginei um muçulmano estendendo o tapete dentro de campo, virado pra Meca e começando a rezar. Todos sabemos que depois das Torres Gêmeas, os muçulmanos nunca mais serão vistos como amistosos. Mas tudo bem, ele só ajoelhou e começou a rezar, não tinha nenhuma bomba amarrada nem nada.
Mas fui ainda mais além e pensei em religiões menores, e pensei na seleção jamaicana. Suponha que os jogadores fossem Rastafaris e começassem a fumar maconha, o que a moral da sociedade acharia? Ou que alguns brasileiros fossem do culto do Santo Daime e começassem a ter alucinações dentro de campo (após o jogo, claro)? Ou até mesmo um exemplo mais proximo de nós, imaginem a umbanda e o candomblé, que por algumas vezes sacrificam animais em seus cultos. O que seria do PETA (que foi contra o Obama matar uma mosca) e do mundo ocidental se sacrificassem um bode no centro do campo!
Muitos vão dizer que essas manifestações não são religiões. Quem sou eu pra dizer o que é e o que não é religião? Ou mais, o que define que um culto tem o status de religião?

Então, é válido permitir cultos no esporte só porque eles estão dentro dos padrões morais ocidentais? Proibe-se tudo? Libera-se tudo?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Publicidade Hermana

É gente, acho que tenho acredito que algumas pessoas entram aqui, e acho que o twitter tem sido uma ótima forma de divulgar, mas indo ao que interessa…

Eu gosto pra caramba de publicidade argentina. Acho que elas são muito criativas, são engraçadas, a estética é muito bonita, algo meio retrô, mas ao mesmo tempo contemporâneo, nem antigo ni viejo, e até mesmo a redação (que não percebo muito) me agrada. Acho que ela consegue chegar muito perto das pessoas, do seu cotidiano, das coisas que pensamos mas não falamos.

Não sei se isso é coisa de publicidade argentina em geral ou se é a estética que a BBDO de lá adotou… Mas gosto, gosto mesmo.

Deixo aqui em baixo 4 vídeos que eu acho espetaculares.

Doritos – Que vuelvan los lentos (BBDO)

 

Sprite – Las cosas como son (acredito que seja BBDO também)

 

Não se atenham a esses vídeos, todos os vídeos de ambas as campanhas valem muito a pena ver e renderão momentos de prazer. ;)