sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Oriximiná, Pará, Brasil


Um pouco da geografia:

Para começar a série, resolvi começar pela cidade de Oriximiná, que fica localizada no oeste paraense. A cidade, que é a princesa do Rio Trombetas, é pequena, e possui algo em torno de 50mil habitantes. O município, em área, é o 3º maior do mundo, ficando atrás apenas de um município na China e outro também no Pará.
A cidade é vizinha de Óbidos, a capital cultural da região. Este município possui 2 membros fundadores da Academia Brasileira de Letras, Inglês de Souza e José Veríssimo.
Na região do oeste paraense existe um movimento que pretende criar um novo estado para aquela região, que muitas vezes é deixada de lado pelo Governo do Pará. O novo estado seria o Estado do Tapajós, e a capital Santarém.

Minhas percepções:

A cidade também possui as primeiras terras Quilombolas demarcadas do Brasil, o que foi uma vitória muito grande, esta população quilombola vive, em sua grande parte, nos rios Erepecuru, Erepecu e no Alto Trombetas, e são recheados de lendas e mitos, como o do boto, das cobras do Erepecu e Erepecuru, da igreja de ouro e muitos outros.
Oriximiná parece ser duas cidades dentro de uma, os que são da cidade e os que são do interior. As pessoas da cidade são muito simpáticas e receptivas, na cidade tudo é bem barato comparado ao custo de vida do Rio de Janeiro. No interior as pessoas rapidamente ficam muito íntimas e confiam muito em quem está lá com o status de pesquisador, elas são muito sinceras e carinhosas, nas comunidades o dinheiro não é algo tão necessário, eles vivem basicamente de extrativismo, o dinheiro se torna importante no relacionamento com a cidade, para comprar diesel, comidas que eles não plantam, remédios, motores e outros.
Algumas pessoas do interior vão estudar na cidade, percebi que tentam fazer cursos que sejam necessários ou úteis à comunidade, como cursos de saúde, para se tornar professor etc. Essas pessoas que vão estudar "fora" não veêm a hora de voltar para suas comunidades, elas quase não conseguem viver dentro da cidade, e sem suas casas tentam reproduzir um pouco da comunidade dentro da cidade.
O futebol carioca é muito presente nestas terras, e pude perceber, empiricamente, que o Vasco é o clube de maior aceitação lá, mas também existem muitos flamenguistas, são paulinos e corintianos. Naquela região eles torcem muito pelo São Raimundo, time de Santarém, recém promovido à série C, que sagrou-se campeão ao vencer o Macaé Sports, time da minha cidade aqui no Rio de Janeiro. Bela coincidência.

Porque Oriximiná?

Fui fazer um trabalho extencionista, através da minha faculdade, no Curso de Estudos de Mídia da Universidade Federal Fluminense. Quem me orientou e apoiou nessa empreitada foi a professora Ana Enne.

Como chegar:

Chegar à Oriximiná é mais que uma viagem, é uma missão. Saindo do sudeste brasileiro, pode-se ir até Manaus, Belém ou Santarém. E dessas cidades tomar um barco que vá até a princesa do trombetas. De Manaus demora-se algo em torno de 1 dia e meio de viagem, de Belém demora-se muito mais, e de Santarém eu não faço ideia.
Existe também a opção de tomar um pequeno avião em Santarém, através da Meta Linhas Aéreas.
Eu fiz o trajeto de barco partindo de Manaus, e foi uma ótima experiência. Ficar tanto tempo em um barco é bem legal. Mas infelizmente perigoso, frente aos vários acidentes que ouvimos histórias. Uma outra dica que deixo para viagens de barco é para tomar muito cuidado com seus pertences quando o barco atraca nos portos intermediários. Qualquer um pode entrar na embarcação e dizem que os roubos são uma constante. Felizmente não perdi nada.

Uma música



Veja também

Uma foto minha foi selecionada como "foto do dia" no site da Nationan Geographic Brasil.
O blog que escrevi durante o projeto ou o twitter do projeto
O portal do Ariuca

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um ano sem viagens



É gente, como a maioria dos leitores daqui sabem, uma das minhas paixões é viajar. Pois bem, esse ano as perspectivas para isso não são das melhores, dinheiro escasso, tempo escasso, precisando me dedicar aos estudos pra terminar a graduação e a pós, me dedicar a projetos de mestrado etc.

Então, como eu, provavelmente, não vou viajar muito, e muito menos para lugares longes, eu decidi começar uma nova categoria de posts aqui no blog, onde vou escrever sobre um dos lugares pelos quais já passei. Nesses posts pretendo escrever um pouco sobre o que eu lembro das percepções que tive do lugar, seu povo, seus hábitos, sua comida, seu cotidiano, os ônibus, a língua e a conversação, o consumo, tudo que eu puder lembrar. E de quebra ainda vou deixar uma foto que fiz do lugar.

Espero que vocês gostem, e se quiserem pedir para eu escrever sobre algum lugar que saibam que eu já fui, é só pedir nos comentários. ;)

domingo, 6 de dezembro de 2009

A supremacia do futebol carioca. NOT.

Tenho escutado muita gente falar do futebol carioca, neste fim de campeonato. E por isso resolvi escrever um curto balanço, segundo o meu ponto de vista, sobre o desempenho dos clubes esse ano no campeonato brasileiro.

Vasco: Não fez mais que a obrigação de voltar à série A. Teve algumas pequenas ameaças durante o campeonato, mas conseguiu sagrar-se campeão com algumas rodadas de antecipação, além de ter emplacado o artilheiro e a melhor defesa do campeonato. Nota: 9,5 (estava fazendo dependência)

Fluminense: Como sempre montou uma equipe que, no papel, merece o título brasileiro. Mas, mais uma vez teve um desempenho pífeo. Mas tomou vergonha na cara e conseguiu se reerguer, salvando-se do rebaixamento. Nota: 4,5 (foi pra final e tirou 6)

Botafogo: O fogo não prometeu nada, não assustou nada e se safou do rebaixamento. Campanha sem graça. Nota: 5,8 (O professor deu 0,2 pra ele passar)

Flamengo: O Flamengo começou o campeonato sem prometer nada, trouxe Adriano, mas não convenceu muito. Mas com a chegada do Pet melhorou muito, mas teve que contar com a incompetência de São Paulo, Inter, Atlético Mineiro, Cruzeiro e Palmeiras para ser campeão. O flamengo fez a parte dele, e os outros, que estavam bem melhores, não fizeram. Nota: 8,7 (Na primeira prova se deu meio mal, mas na segunda prova, em grupo, Pet que conhecia do assunto chegou e fez a diferença. Teve a maior nota da sala porque todos os CDFs tiveram dor de barriga no dia da segunda prova.)

E você, o que acha?